domingo, 17 de abril de 2011

12 a 18 de abril




Estamos próximos do encerramento de nosso primeiro bimestre. Com isso esta semana foi utilizada para realização dos testes da psicogênese e colocar os pingos que faltavam  nos seus devidos “Is”. Foi proposta a estruturação de nossas avaliações escritas para uma harmoniosa consonância com as demais formas de avaliação tendo em meta sempre a visão global da criança. Abaixo apresento o que foi trabalhado neste primeiro bimestre em cada disciplina  de forma muito objetiva, até porque é possível ver cada desenvolvimento voltando e lendo o que está aqui em nosso blog. A ideia é dar um norte de como iremos desenvolver nossas avaliações. Foi colocada a total liberdade para a realização das lembranças de Páscoa pelas colegas professoras, pois respeitar pontos de vistas diferentes, dentro de cada crença religiosa, é uma lição de educação, além de vir em encontro ao que propõe o currículo. Vou dar aqui algumas dicas de possíveis lembranças para você leitor que ainda está na dúvida.
Vamos ao resumo :
                Português :
Ø Alfabeto
Ø Produção de textos oral e escrita
Ø Poesias
Ø Pontuação
Ø Adjetivos
Ø Grau do substantivo (diminutivo)
Ø Numero do substantivo
Ø Leitura de diferentes textos
Ø Interpretação oral e escrita
Ø Ortografia

Matemática :


Ø Números de 0 a 100
Ø Números pares e impares

Ø adição e subtração simples com centenas
Ø Ordem crescente e decrescente
Ø Números ordinais
Ø Dezena
Ø Centena
Ø Medidas, tempo, capacidade, comprimento e massa.
Ø Problemas
Ø 02 operações
Ø Sistema monetário
Ø gráficos
Ø tabelas


Ciências :


Ø Astros
Ø Lixo
Ø Reciclagem
Ø Os animais (vertebrados e invertebrados)
Ø Higiene e saúde
Ø Nosso ambiente
Ø Preservação do meio ambiente


Historia / geografia

Ø Família
Ø Casa
Ø Rua
Ø Bairro
Ø Escola
Ø Tempo
Ø Datas comemorativas
Ø Comercio
Ø Hinos



Proposta de trabalho com o livro SABER PERDER  DE YOLANDA REYES .
·         Entender o conceito de vitória e derrota . Compreender que às vezes perder faz parte do jogo e que saber entender onde errou fará com que se chegue mais perto de uma possível vitória.
·         Descrever junto aos alunos as características morais de Frederico Neto, o personagem principal. Por que ele ficou tão triste em perder?
·         Trabalhe a ideia de que mesmo se dedicando muito, as vezes não conseguimos a vitória, no entanto ,mostrar que a personagem chegou em segundo lugar ,o que também é uma boa colocação .
·         Quem é Natalia, por que você acha que ela é importante para uma possível vitória de Frederico.
·         Converse com eles a questão de que num momento de raiva por não entender a derrota você pode magoar pessoas queridas para sempre. Neste caso converse com eles a ideia de sentar, pensar e se por no lugar da pessoa que ouvirá suas palavras rancorosas.
·         Discuta a ideia de que é natural se chatear, mas que esta chateação  não pode se sobrepor ao caráter e esportividade.
·         O livro é rico no uso da virgula , que tal retirar alguns trechos do livro e trabalha-los no quadro no intuito de criar situações parecidas . Uma ótima oportunidade de trabalhar o uso abusivo do AÍ que substitui a virgula em vários momentos de seus textos .
·         Em ciências podemos voltar na questão de hábitos alimentares. A personagem fala que tem uma alimentação a base de frutas e vegetais . Observe isso com eles . Será que fazemos uma alimentação segura? Resgate os rótulos trabalhados em sala de aula na questão de termos importantes como vitaminas, sais minerais, proteínas , gorduras, etc.
·         Na pagina 6 , fala-se das matérias Estudos sociais, moral e cívica . Vamos falar a respeito destas palavras e o que significava. Neste contexto, você irá trabalhar um pouco da sua historia e compartilhar com seus alunos.
·         Ótima oportunidade também de trabalhar a questão de educação física com responsabilidade.
·         A personagem usa o termo: “ O colégio é um mal necessário. “ O que os alunos acham disso ? Por que Frederico usa este termo? Será que algum aluno pensa o mesmo?
·         Comente termos como : “ Ele vai longe.” “ Tem altas possibilidades.” “Um sujeito seguro de si mesmo.”  Será que já ouviram algo parecido? Que tal conversar com eles sobre palavras de estimulo, e de como é importante dar isso ao outro. Neste caso que tal falar do contrario disso.
·         No inicio do livro, fala do percurso que o personagem faz: 50 voltas . Vamos fazer um trabalho utilizando em matemática a questão de tempo e espaço , registrar isso em tabelas e montar probleminhas para as crianças? Podemos fazer isso no pátio utilizando garrafas e cordas. O legal é que vai parecer uma brincadeira, mas acabará sendo uma ótima forma de lembrarmos espaço (medidas ) e introduzir o conceito de tempo com marcadores digitais e analógicos de tempo.
·         No livro é trabalhado termos, como:  dia , mês , quinzena , ano , hora ,minuto e segundo .
·         Em ditado podemos utilizar algumas palavras fora do contexto de uso deles para enriquecimento de vocabulário : treinando, vezes, cereal, integral, natação, interminável ,  desafios, equipe, milagre, aplausos, fileira, arquibancadas. E outras que for da conveniência de cada professor quanto ao trabalho com dificuldades ortográficas. O bacana e depois estar utilizando estas mesmas palavras em produções de textos, frases e outras atividades.
Para uma ajuda boa no trabalho com sinais de pontuação :































domingo, 10 de abril de 2011

5 a 11 de abril



Mais uma semana se finda. Foram dias de término de trabalhos iniciados na semana anterior, em especial com matemática, em Sistema Monetário Brasileiro. Além disso tivemos  a criação de uma personagem, onde cada sala procurou a forma mais prática para desenvolver isso. Alguns de maneira coletiva, onde todos puderam participar na construção, outras salas deram oportunidade a todos os alunos individualmente criarem suas personagens e, depois, a turma escolheu a que mais agradou. Após isso foi feita uma simulação de entrevista a esta personagem e a seguir a produção de um texto descritivo.
Vale lembrar a importância deste tipo de trabalho, pois propicia ao pequeno a possibilidade de construir suas hipóteses a respeito de adjetivos, substantivos e verbos, além, claro de estrutura de texto.
Outra atividade também bem proveitosa foi o uso de tirinhas de histórias em quadrinhos. Um recurso relativamente simples, mas que apresenta uma gama de possibilidades de trabalho.
No entanto, infelizmente, esta semana foi marcada pelo que ocorreu na quinta feira: O crime na escola de Realengo, no Rio de Janeiro.
Algo nunca antes visto em nosso país, e que mostra claramente como é importante o respeito à figura do ser humano. Foram feitos debates entre professores e alunos a respeito deste caso, sempre trazendo a referência ao que já foi visto por eles nos livros trabalhados.
Nesta semana trago um texto sobre a doença que causou tamanha destruição e também a importância de entender as pessoas ao nosso lado, para que possamos fazer ou tentar fazer algo para impedir futuras tragédias como essa.
Trago também uma tese de um professor paulista que mostrou através de seu trabalho, como podemos ser cruéis diante de outro ser humano usando de outra arma tão cruel quanto um revólver:  O preconceito.






































O que é esquizofrenia?
A esquizofrenia é uma desordem cerebral crônica, grave e incapacitante, que afeta em torno de 1% da população. Pessoas com esquizofrenia podem escutar vozes e acreditar que outros estão lendo e controlando seus pensamentos ou conspirando para prejudicá-las. Essas experiências são aterrorizantes e podem causar medo, recolhimento ou agitação extrema. 
Pessoas com esquizofrenia podem ter falas que não fazem sentido, ficarem sentadas por horas sem se mover ou falando muito pouco, ou podem parecer perfeitamente bem até falarem o que realmente estão pensando. Uma vez que muitas pessoas com esquizofrenia podem ter dificuldade de manter um emprego ou cuidar de sim mesmas, a carga em sua família pode ser significativa.
Sintomas da esquizofrenia

Os sintomas da esquizofrenia se encaixam em três categorias gerais:
* Sintomas positivos, que são pensamentos e percepções diferentes como alucinações, delírios e desordens no pensamento e movimento.

* Sintomas negativos, que representam a perda ou diminuição na capacidade de iniciar planos, falar, expressar emoções ou encontrar prazer na vida cotidiana. Esses sintomas são difíceis de reconhecer como parte da esquizofrenia e podem ser confundidos por preguiça ou depressão.
* Sintomas cognitivos, que são problemas com: atenção, certos tipos de memória e funções de execução que nos permite planejar e organizar. Déficits cognitivos também podem ser difíceis de reconhecer como parte da esquizofrenia, porém são os mais incapacitantes para levar um vida normal.
Quando a esquizofrenia começa?
Sintomas psicóticos, como alucinações e delírios, geralmente aparecem nos homens quinze e vinte e poucos anos, e nas mulheres entre 25 e trinta e poucos anos. Esquizofrenia raramente aparece depois dos 45 anos de idade ou antes da puberdade, embora já tenham sido registrados casos em crianças de 5 anos. Em adolescentes os primeiros sinais da esquizofrenia incluem mudança de amigos, queda no desempenho escolar, problemas para dormir e irritabilidade. Uma vez que muitos adolescente normais também podem ter esse comportamento, o diagnóstico pode ser difícil de fazer nesse estágio. Pesquisas têm mostrado que a esquizofrenia afeta igualmente homens e mulheres e ocorre em taxas similares em todos os grupos étnicos pelo mundo.
Causas da esquizofrenia

Assim como muitas outras doenças mentais, acredita-se esquizofrenia seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Todas as ferramentas da ciência moderna estão sendo usadas para descobrir as causas da esquizofrenia.
Tratamento
Uma vez que a causa da esquizofrenia ainda é desconhecida, os tratamentos atuais focalizam na eliminação dos sintomas da doença. Os tratamentos incluem medicamentos antipsicóticos e tratamento psicossocial. Os tratamentos disponíveis podem aliviar muitos dos sintomas, porém a maioria da pessoas com esquizofrenia deve ter que enfrentar alguns sintomas residuais pela vida toda. Apesar disso, hoje em dia muitas pessoas com esquizofrenia conseguem levar vidas construtivas em suas comunidades. Pesquisas estão desenvolvendo medicamentos mais eficientes e procurando entender as causas da esquizofrenia para achar formas de prevenção e tratamento.

TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por  1 mês e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
 O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. 
Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'. 
Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, algunsse aproximavam para ensinar o serviço. 
Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. 
Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. 
Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
 E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. 
Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. 
Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. 
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. 
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
Respeito: passe adiante!