domingo, 29 de maio de 2011

23 a 30 de maio

Proposta de coordenação 23 a 30 de maio
                                                            Fernando Alves

Foi proposta a história Diálogo de todo dia, de Carlos Drummond de Andrade. O texto em si, trabalha com veemência a ideia de conversa e se utiliza de forma constante do sinal de travessão.
Como proposta coloco aqui a seguinte sequência de ações, que como já falei antes, pode ser mudada, refeita, reestruturada, como vier a ser mais conveniente para o professor e a turma.
·         Iniciar com vocabulário – Antes da leitura do texto em si, procurar conhecer as palavras que não são do convívio das crianças. A ideia seria a de não perder o foco da leitura dos meninos quando chega nestas palavras, pois acredito que quando a leitura flui de forma segura e tranquila a tendência dos mesmos é a de uma maior absorção do que for lido.
·         Vamos conversar sobre travessão? – Que tal falar um pouco sobre o sinal de travessão com as crianças? Às vezes você já fez isso no passado- em especial com o trabalho de quadrinhos- mas vale a pena voltar no assunto com um pouco mais de veemência até porque temos alunos que estão chegando agora em muitas salas. Eu coloco aqui em anexo um texto falando de travessão e seus muitos usos como um banco de informação para você.
·         Vamos falar da pessoa fantástica que foi Carlos Drummond de Andrade? Em anexo tem uma biografia deste grande escritor brasileiro. Sempre vale a pena saber sobre ícones como este.
·         É hora de lermos o texto- A criança agora vai ler o texto. Como o mesmo é um tanto extenso proponho duas formas de leitura: A primeira seria dividir o texto em espaços de pelo menos cinco parágrafos. Organizaria a turma em pequenos grupos de forma a montar o texto completo dentro de cada um. A leitura seria feita por cada um sendo ouvido pelo grupo organizadamente e logo depois discutir sobre o mesmo. A segunda seria a leitura completa do texto pelos alunos, só que agora tendo uma visão mais esclarecida do texto já lido em grupo.
·         Quem são os personagens? Não se tem nomes dos personagens, no entanto podemos propor um trabalho investigativo a partir de dados fornecidos no texto: Qual o sexo dos personagens? Onde no texto responde isso? Quais os adjetivos vistos de cada personagem? Do que se trata este texto? E por aí vai...
·         Vamos fazer um reconto diferente? – Que tal de forma coletiva construir um novo texto com os alunos? Neste caso seria um texto com o mesmo tema só que com apenas 12 falas (mais para frente digo por que 12). Os alunos vão expondo as ideias (falas) e o professor registra no quadro. Logo após a leitura em grupo os mesmos poderão fazer os devidos registros no caderno.
·         Após a cópia, que tal transformar o texto feito em grupo em historia em quadrinhos? Na folha branca ou do caderno fazer seis quadros onde em cada um veremos os dois personagens conversando ( por isso as 12 falas). Seria um momento bacana para refletir novamente sobre o uso do travessão.



Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha, sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e, sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.


Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

O Travessão

Dos sinais de pontuação, o travessão é uma dos mais requisitados atualmente, pelo fato de proporcionar mais clareza do que as vírgulas nas intercalações longas e maior ênfase nos destaques. Travessões substituem e são substituíveis por dois-pontos, parênteses ou duas vírgulas, dependendo do caso. Orientações de uso:
I — Emprega-se um só travessão:
  • para indicar mudança de interlocutor nos diálogos:
— O jogo foi ótimo, disse Florentino.
  • para ligar grupos de palavras que não formem um substantivo composto, do tipo "no eixo Rio—São Paulo", "no sentido norte—sul" ;
  • para destacar (no final do período) uma explicação, esclarecimento, síntese, consequência ou conclusão do que foi enunciado:
    • Durante três semanas não mostraram indícios da doença, mas agora estão infectados — sinal de que a vacina não sensibilizou o suficiente o sistema imunológico.
    • Vive tempos pouco felizes a Justiça brasileira — menos por responsabilidade de quem aplica as leis, mais por conta daqueles que as formulam.
    • Dialogar com ele é como jogar uma bola contra a parede — ela volta contra a gente.
    • Precisamos definir as responsabilidades individuais, as coletivas e as responsabilidades das agências formadoras — as instituições educacionais.
Observe que o travessão tem a virtude da síntese, pois pode substituir expressões explicativas como isto é, ou seja e similares. Veja, por exemplo, como fica a última frase sem o travessão: Precisamos definir as responsabilidades individuais, as coletivas e as responsabilidades das agências formadoras, quais sejam, as instituições educacionais.
II - Emprega-se o travessão duplo:
  • para isolar orações intercaladas, assinalar (no meio do período) uma reflexão ou esclarecimento, um comentário à margem, ou para destacar, enfaticamente, uma palavra ou frase num contexto:
    • Um dos programas — monótono — foi sobre a merenda escolar.
    • Em 83 e 84 — como todos se recordam — houve grandes enchentes em Santa Catarina.
    • O empréstimo também sofreu o atropelamento — compreensível, eu entendo — do tal plano.
    • É importante dizer que a preocupação — aliás meritória — é com a qualificação do produtor.
    • As igrejas florentinas, inclusive a catedral — duomo — Santa Maria del Fiore, ecoam alguma coisa de San Miniato, o que é muito natural, porque não houve arquiteto entre os grandes que fizeram Florença — Arnolfo di Cambio, Brunelleschi, Alberti, Michelozzo — que conseguisse escapar à forte influência daquela obra-prima.
Quando a interrupção é muito longa, dentro da qual já existam vírgulas, prefere-se usar o travessão duplo. A frase acima é exemplo disso. Também numa enumeração explicativa os travessões darão a clareza que as vírgulas não propiciam, como se constata abaixo:
  • O movimento geral das disciplinas de comunicação — informática, marketing, design, publicidade — apoderou-se da palavra conceito e a transformou em mercadoria.
  • É preciso que os três elos dessa corrente — governo, funcionários e população — estejam unidos na campanha.
O travessão pode aparecer antes da vírgula, sem eliminá-la. Isso ocorre quando a intercalação com travessão duplo é colocada dentro de uma intercalação entre vírgulas [ex. 1] ou quando a vírgula é usada para separar uma oração subordinada [ex. 2]. Observemos as mesma frase com parênteses e com travessões:
1) Temos no Tesouro, durante os meses de verão (os meses de safra), valores mais elevados.
Temos no Tesouro, durante os meses de verão — os meses de safra —, valores mais elevados.
2) Junto com o teatro que resgata a linguagem erudita brasileira (o do Movimento Armorial de Ariano Suassuna), nossa dramaturgia se sustenta desse modo.
Junto com o teatro que resgata a linguagem erudita brasileira — o do Movimento Armorial de Ariano Suassuna —, nossa dramaturgia se sustenta desse modo.

Um texto trabalhando os sinais de pontuação falado pelos próprios sinais
Aqui vai uma dica de um texto que já trabalhei no passado que pode vir a ajudar o trabalho.
Pontos de Vista
Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português quando estourou a discussão.
— Esta história já começou com um erro — disse a Vírgula.
— Ora, por quê? — perguntou o Ponto de Interrogação.
— Deveriam me colocar antes da palavra "quando" — respondeu a Vírgula.
— Concordo! — disse o Ponto de Exclamação. — O certo seria:
"Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português, quando estourou a discussão".
— Viram como eu sou importante? — disse a Vírgula.
E eu também — comentou o Travessão. — Eu logo apareci para o leitor saber que você estava falando.
— E nós? — protestaram as Aspas. — Somos tão importantes quanto vocês. Tanto que, para chamar a atenção, já nos puseram duas vezes neste diálogo.
— O mesmo digo eu — comentou o Dois-Pontos. — Apareço sempre antes das Aspas e do Travessão.
— Estamos todos a serviço da boa escrita! — disse o Ponto de Exclamação. — Nossa missão é dar clareza aos textos. Se não nos colocarem corretamente, vira uma confusão como agora!
— Às vezes podemos alterar todo o sentido de uma frase — disseram as Reticências. — Ou dar margem para outras interpretações...
— É verdade — disse o Ponto. — Uma pontuação errada muda tudo.
— Se eu aparecer depois da frase "a guerra começou" — disse o Ponto de Interrogação — é apenas uma pergunta, certo?
— Mas se eu aparecer no seu lugar — disse o Ponto de Exclamação — é uma certeza: "A guerra começou!"
— Olha nós aí de novo — disseram as Aspas.
— Pois eu estou presente desde o comecinho — disse o Travessão.
— Tem hora em que, para evitar conflitos, não basta um Ponto, nem uma Vírgula, é preciso os dois — disse o Ponto e Vírgula. — E aí entro eu.
— O melhor mesmo é nos chamarem para trazer paz — disse a Vírgula.
— Então, que nos usem direito! — disse o Ponto Final. E pôs fim à discussão.

Conto de João Anzanello Carrascoza, ilustrado por Will


Matemática


                Foi proposto para a semana anterior o inicio do trabalho em multiplicação. Aqui coloco algumas historias matemáticas que trabalham isso que pode ser passado no quadro e feito um trabalho dublo, de interpretação e raciocínio logico matemático. Tratam-se problemas bem simples, no entanto tem a função de iniciar bem o processo dentro da construção e apropriação das regras da multiplicação.


1.      Numa caixa há 5 chocolates. Quantos chocolates haverá em 3 caixas iguais a essa? ( 15 )
2.      Carlinhos ganhou um aquário com 5 peixinhos. Quantos peixinhos teria Carlinhos se ganhasse 4 aquários iguais a esse? ( 20 )
3.      Paulinho tem 8 carrinhos. Renato tem 2 vezes a quantidade de carrinhos de Paulinho. Quantos carrinhos tem Renato? ( 16 )
4.      Vovó tem 3 jarros. Em cada um deles ela colocou 6 rosas. Quantas rosas vovó colocou bos jarros? ( 18 )
5.      Numa sala de aula há 4 filas de carteiras com 6 carteiras cada fila. Quantas carteiras há na sala de aula? ( 24 ) [
6.      Em uma caixa há 6 lápis. Quantos lápis há em 2 caixas iguais a essa? ( 12 )
7.      Junior comprou 5 pacotes de revistinhas. Em cada pacote há 2 revistinhas. Quantas revistinhas Junior comprou? ( 10 )
8.      Patrícia recebeu 4 caixinhas com 4 chocolates em cada uma delas . Quantos chocolates patrícia recebeu? ( 16 )
9.      Pedrinho tem 9 anos. Paulinho tem 2 vezes a idade de Pedrinho. Quantos anos tem Paulinho? ( 18)
10.  Em uma caixa cabem 8 maçãs. Quantas maçãs caberão em 2 caixas iguais a essa? ( 16) 

Seria legal também trabalhar com termos como : duplo e triplo .

Geografia

Proponho as paginas 55 a 58

Ciências
Proponho as paginas 75 a 78 


Diálogo de todo dia



- Alô, quem fala?
- Ninguém. Quem fala é você que está perguntando quem fala.
- Mas eu preciso saber com quem estou falando.
- E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.
- Assim não dá. Me faz o obséquio de dizer quem fala?
- Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
- Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está no aparelho.
- Ah, sim. No aparelho não está ninguém.
- Como não está, se você está me respondendo?
- Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.
- Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho?
- Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.
- Não parece. Se fosse para me servir já teria dito quem está falando.
- Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o outro.
- Se eu conhecesse não estava perguntando.
- Você é muito perguntador. Pois se fui eu que telefonei.
- Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras pessoas.
- Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou.
- Estou respondendo.
- Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala?
- Pela última vez, e em nome da segurança, por que eu sou obrigado a dar esta informação a um desconhecido?
- Bolas!
- Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja falar?
…Silêncio.
- Vamos, diga: com quem deseja falar?
- Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci. Tchau!


terça-feira, 24 de maio de 2011

Ida ao Mundo Jurássico

Hoje o terceiro ano teve um dia diferente. Fomos ver o Mundo Jurássico no Patio Brasil shopping. Abaixo algumas imagens e um pequeno video deste momento tão único .















































 

domingo, 22 de maio de 2011

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Quem será esta personagem nova ? O que será que ela vai aprontar com os alunos do terceiro ano ? ai ai !!! Que mistério!!!

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Semana de educação para a vida !!!


O Sal da Terra
Composição : Beto Guedes/Ronaldo Bastos
Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...
Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...
Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...
Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra

 
Aqui colocarei toda a proposta da semana na utilização para a semana da educação para a vida. A ideia era a  partir da música Sal da Terra de Beto Guedes  e de historias ligadas á esta ideia trazer na criança a ideia de conservação de nosso planeta , não só pela visão física , mas também da idea de zelo com o próximo . Com isso falamos do bullyng  e das consequências disso nas escolas e no futuro de cada uma delas . Espero que gostem .


Para a semana tivemos a  ajuda do Terrinha , um mascote que ajudou muito , pois ele representava de forma palpável a tristeza de nosso planeta por tudo de ruim que estava acontecendo com ele .




Proposta de coordenação
17 a 20 de maio


            Esta semana, que já iniciou diferente devido a luta dos auxiliares em educação, também deve ser vista como um lembrete a nossa verdadeira missão :
Tentar salvar o mundo!
            Lendo assim, até parece uma brincadeira, já que tantos tentam nos dizer que não temos esta habilidade, muito menos competência. Entretanto a maior árvore do planeta foi antes uma pequena sementinha, plantada ou pela natureza que carregou esta semente em seus braços, ou por uma pessoa simples, mortal, com erros e sonhos igual a nós.
            Quando nos propomos a ensinar estas crianças, esta se torna nossa missão, encontrar (às vezes de forma difícil) um pedaço de terra fértil em seus corações e plantar esta sementinha, chamada educação. E torcer com toda vontade que ela venha se tornar uma bela árvore, que possa dar um pouco de sombra para este Sol causticante chamado ignorância. 
            Por tal razão, e por acreditar muito nisso, apresento a proposta desta semana em cima da premissa da Semana da Educação para a Vida, onde, com a ajuda de vocês, tentaremos espalhar um pouco de entendimento, reconhecimento do problema e juízo nas nossas crianças.
            A proposta nasce toda a partir da música Sal da Terra de Beto Guedes. Uma canção realmente propícia para a situação que aflige nosso planeta. Vamos então entender o que faremos em sala em cima da própria música, lembrando que em anexo a este vai também o folder com a organização do projeto em si.
            Cabe lembrar que o trabalho realizado em sala será de fundamental importância para o sucesso desta semana, pois o entendimento da proposta vem do entendimento dos ramos filosóficos da música.



O Sal da Terra
Já a partir do título, iniciaremos o trabalho. Indague com os alunos o que significa para eles o termo Sal da Terra. Em três livros da Bíblia encontramos referência a esta fala de Jesus: vós sois o Sal da Terra a luz do mundo: no Evangelho de Marcos 9, 50; em Mateus 5, 13-14 e no Evangelho de Lucas 14,34 e seguintes. No Evangelho de Mateus ele faz parte do famoso Sermão da Montanha ou As Bem Aventuranças, uma das mais belas passagens da Sagrada Escritura. Vejamos o texto: “Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. Então abriu a boca e lhes ensinava dizendo: ‘ Bem Aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o reino dos céus! Bem Aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem Aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem aventurados os que fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia! Bem aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus! Bem aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus! Bem aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhes será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, nem acender uma luz sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim brilhe vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus!”. Com isso chegamos ao entendimento do que é o Sal da Terra realmente neste contexto da música, que claramente não é o sal de cozinha. Mas tire dele o porquê do uso desta referência. Diga que eles são o Sal da Terra e qual sua função em nosso planeta.

Aqui temos uma rápida biografia do  cantor para ilustrar seu trabalho. Alberto de Castro Guedes, mais conhecido como Beto Guedes (Montes Claros, 13 de agosto de 1951), é um violonista, cantor e compositor brasileiro. Desde a adolescência tocava em bandas e aos 18 anos participou do V Festival Internacional da Canção, com sua composição Feira Moderna, em parceria com Fernando Brant. Tendo a música mineira como uma de suas principais influências (ao lado do rock dos anos 1960 e dos choros que o pai seresteiro compunha), participou ativamente do Clube da Esquina, que projetou nacionalmente os compositores mineiros (de nascimento ou de coração) contemporâneos como Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant e o próprio Beto Guedes.
Foi acompanhado pelo também mineiro grupo 14 Bis e em 1977 lançou o primeiro LP, A Página do Relâmpago Elétrico que superou expectativa comercial. No ano seguinte, o disco Amor de Índio traz na faixa-título o maior sucesso de sua carreira. Em 1986, saiu LP Alma de Borracha pela ODEON, dando-lhe seu 1º Disco de Ouro, ultrapassando a marca de 200 mil cópias vendidas.
Atualmente segue a carreira solo, e seus LPs foram relançados no formato de CD pela EMI em 1997.

Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...
O verbo anda neste trecho. Qual o real significado? Que casa é esta que devemos arrumar?

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Um bom momento para trabalhar o conceito de tempo.Neste caso do trecho é o sentido denotativo mesmo. Indague com eles o conceito de guerra e paz destro desta parte.

Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor

Quem é este todo mundo? Bom momento para trabalhar o conceito de união e respeito pelas diferenças e escolhas, desde que sejam para o correto. O que significa opressão? Eles vivem algum tipo de opressão? Qual? Discuta esta ideia com eles. Que vida nova é esta que o cantor relata? O que realmente é amor? Eles conhecem o significado desta palavra tão forte e linda? Que tal ouvir deles o que eles entedem de amor?


A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...
Terra!
O que vem a significar a ideia de “ A felicidade mora ao lado?” Trabalhe com eles esta ideia. Vai ser legal voltar ao que já viram nos conceitos de perto, proximo, distante e agora com um conceito figurado. Deixa eles brincarem com esta edeia e traga novos exemplos deste sentido.
“ E quem não é tolo pode ver.” Olha a frase negativa, ótima oportunidade para trabalhar este conceito do NÂO dentro de uma frase. O que significa o termo tolo?  O que é paz? Qual o significado desta palavra para eles?


És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Vamos voltar com o conceito de planeta? Por que Terra escreve com letra maiúscula? O termo maltratando... Trabalhe com ele este conceito. Mostre para eles que o ato de ferir a Terra é uma forma de estar nos ferindo também. Fale da ligação forte entre seres e planeta com eles. Por que o cantor usou a palavra NAVE e IRMÃ ?

Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...
O que significa a palavra Harmonia?  Por que o cantor usou o termo que o planeta é nossa maçã? Deixe-os fermetarem esta ideia, mas seria legal trabalhar antes o sentido denotativo de alimento e qual a importância dele para o ser humano e então fazer as ligações com o contexto colocado pelo músico.

Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Novamente vamos trazer a ideia de união. Por que ele fez a consideração de erro matematico quando diz que um mais um e sempre mais que dois? Trabalhe o logico e o figurado com as crianças. Repartir o pão. O que vem a significar isso? È só o pão que devemos repartir? O que significa pão neste trecho? Lembre-se que a palavra companheiro vem da expressão “repartir o pão”.

Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...
Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da Terra.

O próprio trecho fala por si. O que é deixar crescer o amor? É só pela Terra? Que tal voltarmos e falar-mos um pouco de bullyng, por exemplo? Coloque para eles que cuidando de cada coisa no planeta estaremos cuidando do planeta em si. Trabalhe bem a expressão “Deixa nascer, o amor; Deixa fluir, o amor; Deixa crescer, o amor.”
                                                          

Fernando Alves
16/05/2011


E a Escola,
Simão?

Prof: Ruvani.
Simão era um leão
Que não queria ir mais
Para a escola, não.
Mas será que para isso
Havia uma explicação?
Será que sim, ou será que não?

Perguntando à Simão
A razão para esse evento
Rugindo, rugindo,
Ele foi logo dizendo:



- Na minha sala tem um colega
Que vive a me chatear.
Põe a pata pra eu tropeçar,
Puxa a cadeira pra eu me arrebentar
E todos ficam a me caçoar!...


- Já quis reclamar,
Mas ele fica a me ameaçar.
Diz que assim,
A minha cauda ele irá entortar.
Não quero entortar!
Não quero chorar!
Só queria estudar!...
“Ah, Simão!
Não fica assim, não!
Para o seu problema
Eu tenho a solução!”
 



“A professora tem que ser informada
De toda essa ação malcriada.
Depois um registro
Ela irá fazer
E uma boa conversa com ele vai ter.


Quem sabe aí
Ele perceba então,
Que com respeito
E educação
 



Irá aprender,
Tendo ao lado um amigo,
Que é você,
Meu Simão querido!”
 



-Sendo assim,
Eu vou voltar
E com a professora
Irei falar.
 



Eu quero aprender
E vocês vão ver
Que um grande leão
Eu ainda vou ser.
  





 
 Alguns filmes foram bem uteis, ajudaram muito na formação de conceitos junto aos alunos.



Bom deixa de papo né?! Vamos ver as imagens da semana deste trabalho que foi muito importante.